Por ter irmão mais velho, até onde eu saiba eu brinco de playmobil desde antes de ter idade pra brincar de playmobil. Aqueles bonecos anatomicamente incorretos (sem joelhos, nariz, orelhas, dedos, capacidade de alternar passos e aquele cabelo capacete) sempre cativaram a minha imaginação...
Eu me lembro de na infância eu ter circo do playmobil, mergulhador playmobil, polícia, xerife com delegacia, nave espacial, piratas. No fim da minha infância e início da adolescência do meu irmão voltamos a brincar de playmobil. E lá se ia a nossa mesada.
Me lembro que a gente babava olhando a revistinha (que vinha junto de cada brinquedo playmobil mostrando toda a linha de brinquedos e acessórios). Nosso sonho de consumo era a caravela pirata. Um navio enorme, com velas, prancha, tripulação, tesouro, calabouço... Nosso vizinho rico comprou, aí estreitamos mais ainda a amizade com ele, né? hehehe.
Crescemos... acho que usei os bonecos como peças de algumas maquetes pra escola... A linha de brinquedos parou de ser lançada no Brasil e eu também já tinha perdido o interesse. Mas eu tinha saudades. Acho que já falei que era saudosista né? Oi?
Há uns dois anos vi alguns poucos importados numa loja em Natal, e este ano vi que as importações vieram com força total.
Neste mesmo ano o criador do Playmobil, Hans Beck, morreu, com 79 anos... mas o playmobil não vai morrer... não tem como! Ele é universal, ele é atemporal, ele é moderno!
Isso aí já leva a uma situação complicada. Estou prestes a ser pai. Imagina eu, um pai, com uma estante cheinha de playmobils com acessórios, em poses lindas e coloridas. Imagina uma pequena criança querendo pegar e um pai malvado dizendo: "não pode! é da coleção!" Então essa coleção vai ter q esperar... pelo menos uns... 15 anos?
Mas Guliver, porque você não faz a coleção E brinca com ela com seus filhos. Ah tá... e eu não fui criança? Até onde eu me lembre os playmobil que eu ganhava não duravam um mês com todas as peças. E sempre tinha algum boneco que perdia a peruca e tinha que ser o careca nas brincadeiras. Posso dar playmobil pros meus filhos, e brincar com eles... Mas... será que eles vão gostar?
De qualquer forma, fico com as saudades, as lembranças e o pensamento de que um dia vou ter minha coleção.
Falando em saudades, um postzinho que fiz há alguns anos:
"

"Querido diário,
Hoje cedo o teto do lugar escuro onde eu estava com vários amigos se abriu, e aquele monstro gigante me pegou mais uma vez com sua mão desajeitada.
Ele ficava mexendo nos meus braços, me colocava de pé e sentado em poses ridículas.
Então colocava coisas nas minhas mãos.. Uma maleta... uma lanterna?
Por que? Eu não queria segurar nada! A lanterna nem acendia!
Eu sempre gostei do meu cabelinho marrom. Mas o monstro gigante não se importava com isso. Ele arrancou meu cabelo de uma só vez, expondo um buraco na minha cabeça (onde está meu cérebro?!?!). Logo depois encaixou cabelos amarelos no lugar.
Por que? Eu nunca quis ser loiro!!
O monstro arrastou um carro pra perto de mim... eu até achei-o bonito, mas estava com medo do que pudesse acontecer...
Eu bem que queria correr, mas nem joelhos eu tinha.
Então o monstro me pegou e me colocou na posição sentada... e o que se passou diário... só de lembrar eu tremo...
Pra eu ficar sentado na posição correta no carro... o monstro ele me encaixou no banco... sim... a palavra é encaixar... a minha... parte de baixo traseira, ficou encaixada em uma proeminência daquele banco...
E eu dei voltas e voltas no carro... engatado.
Por que, diário? Quando é que esse sofrimento vai acabar...
E o pior de tudo... é que fazem tudo isso comigo e mesmo assim a minha cara está sempre sorrindo...
buááááá"
Ah que saudade de brincar de playmobil..."
E depois de tudo isso, deixo um boa noite dado por um playmobil:
Atualizando: comecei minha coleção de playmobil. :D






a situação psicológica, é neurológica. Me desculpem a falta de conhecimentos ao falar disso aqui, e nem na internet eu achei isso direito, daí como não estou com a revista superinteressante na mão não vou poder dizer exatamente o que causa a sinestesia, mas é mais ou menos o seguinte: quando nascemos somos todos sinestetas ("portadores" da sinestesia). Com o desenvolvimento dos nossos neurônios e sinapses, por volta dos 3 anos de idade, algo vai apurando os sentidos e especificando-os no nosso cérebro. Algumas pessoas não passam - ou passam menos - por esse processo. Elas se tornam sinestetas, ou sinestésicos.
Eu não sei porque eu fico com isso na cabeça... me perdoem se eu não conseguir explicar...
Saudades do conforto e da "fofura"...


Atmosfera densa. Umidade alta. Através do céu observa-se expressivo número de nuvens cáusticas. Flutuando junto a elas enormes bolhas orgânicas. Essas criaturas alimentam-se de elementos mineirais difusos no ar, sintetizando substâncias orgânicas mais complexas que se soltam de suas estruturas em direção ao solo e lá chegam em forma de pó ou misturados aos líquidos pluviais. Algumas dessas criaturas estão agrupadas em provável processo reprodutivo.


va ela até meio romântica - a pessoa bem desperta, acordada sozinha, no silêncio da noite, vendo o que ninguém mais vê, enquanto todos os outros desperdiçam seu tempo na terra dos sonhos.
Carma ou 
Foi-se o tempo em que o Pierrot morava em festas. Em fevereiro era coberto de confetes e serpentina, rodopiando alegre e risonho ao som de uma marchinha de carnaval.

