sábado, 28 de fevereiro de 2009

Com fabulando

Clarinha sempre gostou muito de escrever. Certa tarde ela sentou à frente de sua escrivaninha, tirou seu caderno enfeitado da gaveta e a canetinha azul de corpo branco que já estava posicionada num copinho no canto da mesa.

Abriu seu caderninho em uma página em branco e passou a língua na ponta da caneta pensando: "Hoje eu quero escrever uma fábula!!"

Mas quem seria o personagem principal? Aliás, o que seria o personagem principal? Ela queria ser original, mas todos os clássicos já haviam sido usados: cachorros, gatinhos, porquinhos, lobos... tem até aquela historinha em que o prato e a colher saem dançando pela rua enquanto a vaca pulava em direção à lua.

Pensou então em fazer algo bem diferente. Que tal um orninto... onirto... otorrino... "Ah não!" - pensou ela - "ornitorrinco é um bicho muito chato". Assim como ter que escrever essa palavra diversas vezes, não é mesmo?

Teve a idéia de escrever sobre peixinhos se aventurando ou o que os brinquedos fazem quando não estamos olhando. Percebeu que esses eram temas de flmes que ela tinha visto em suas últimas férias...

Nesse momento sua mãe, uma ovelha gordinha e muito amável, entrou em seu quarto:

- Clarinha, tem sorvete de chocolate na cozinha, vamos tomar?

- Oba!!

E saiu a pequena ovelhinha, saltitando em direção à cozinha, e largou sua fábula inacabada em cima da escrivaninha

Clarinha, nesse dia, aprendeu uma importante liçao: para escrever uma fábula original tem que estar com muita imaginação. Para tomar um sorvete, não.

Um comentário:

Guliver disse...

Pior que eu não tive intenção de rimar. Aconteceu em algumas partes do texto e ficou legal.