sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sonho de Playmobil

É o seguinte: se um dia me perguntassem de algum brinquedo que marcou a minha infância eu poderia até parar pra pensar um pouco, mas a resposta seria óbvia: playmobil!

Por ter irmão mais velho, até onde eu saiba eu brinco de playmobil desde antes de ter idade pra brincar de playmobil. Aqueles bonecos anatomicamente incorretos (sem joelhos, nariz, orelhas, dedos, capacidade de alternar passos e aquele cabelo capacete) sempre cativaram a minha imaginação...

Eu me lembro de na infância eu ter circo do playmobil, mergulhador playmobil, polícia, xerife com delegacia, nave espacial, piratas. No fim da minha infância e início da adolescência do meu irmão voltamos a brincar de playmobil. E lá se ia a nossa mesada.

Me lembro que a gente babava olhando a revistinha (que vinha junto de cada brinquedo playmobil mostrando toda a linha de brinquedos e acessórios). Nosso sonho de consumo era a caravela pirata. Um navio enorme, com velas, prancha, tripulação, tesouro, calabouço... Nosso vizinho rico comprou, aí estreitamos mais ainda a amizade com ele, né? hehehe.

Crescemos... acho que usei os bonecos como peças de algumas maquetes pra escola... A linha de brinquedos parou de ser lançada no Brasil e eu também já tinha perdido o interesse. Mas eu tinha saudades. Acho que já falei que era saudosista né? Oi?

Há uns dois anos vi alguns poucos importados numa loja em Natal, e este ano vi que as importações vieram com força total.

Neste mesmo ano o criador do Playmobil, Hans Beck, morreu, com 79 anos... mas o playmobil não vai morrer... não tem como! Ele é universal, ele é atemporal, ele é moderno!
Hooooooooouuu!!!

Há uns dez dias eu dei dois bonecos de presente de aniversário pro meu irmão... Sinceramente não sei se ele gostou... acho q eu simplesmente me coloquei no lugar dele. É isso.. eu queria ganhar um playmobil! Acho que eu to com uma vontade dentro de mim de colecionar playmobil.

Isso aí já leva a uma situação complicada. Estou prestes a ser pai. Imagina eu, um pai, com uma estante cheinha de playmobils com acessórios, em poses lindas e coloridas. Imagina uma pequena criança querendo pegar e um pai malvado dizendo: "não pode! é da coleção!" Então essa coleção vai ter q esperar... pelo menos uns... 15 anos?
Mas Guliver, porque você não faz a coleção E brinca com ela com seus filhos. Ah tá... e eu não fui criança? Até onde eu me lembre os playmobil que eu ganhava não duravam um mês com todas as peças. E sempre tinha algum boneco que perdia a peruca e tinha que ser o careca nas brincadeiras. Posso dar playmobil pros meus filhos, e brincar com eles... Mas... será que eles vão gostar?


De qualquer forma, fico com as saudades, as lembranças e o pensamento de que um dia vou ter minha coleção.

Falando em saudades, um postzinho que fiz há alguns anos:

"
Diário de um playmobil



"Querido diário,
Hoje cedo o teto do lugar escuro onde eu estava com vários amigos se abriu, e aquele monstro gigante me pegou mais uma vez com sua mão desajeitada.
Ele ficava mexendo nos meus braços, me colocava de pé e sentado em poses ridículas.
Então colocava coisas nas minhas mãos.. Uma maleta... uma lanterna?

Por que? Eu não queria segurar nada! A lanterna nem acendia!
Eu sempre gostei do meu cabelinho marrom. Mas o monstro gigante não se importava com isso. Ele arrancou meu cabelo de uma só vez, expondo um buraco na minha cabeça (onde está meu cérebro?!?!). Logo depois encaixou cabelos amarelos no lugar.
Por que? Eu nunca quis ser loiro!!

O monstro arrastou um carro pra perto de mim... eu até achei-o bonito, mas estava com medo do que pudesse acontecer...
Eu bem que queria correr, mas nem joelhos eu tinha.
Então o monstro me pegou e me colocou na posição sentada... e o que se passou diário... só de lembrar eu tremo...
Pra eu ficar sentado na posição correta no carro... o monstro ele me encaixou no banco... sim... a palavra é encaixar... a minha... parte de baixo traseira, ficou encaixada em uma proeminência daquele banco...

E eu dei voltas e voltas no carro... engatado.
Por que, diário? Quando é que esse sofrimento vai acabar...
E o pior de tudo... é que fazem tudo isso comigo e mesmo assim a minha cara está sempre sorrindo...
buááááá"


Ah que saudade de brincar de playmobil..."

E depois de tudo isso, deixo um boa noite dado por um playmobil:

Boa noite!

Atualizando: comecei minha coleção de playmobil. :D

domingo, 2 de agosto de 2009

Formiga para quem precisa

- Oi, qual o seu nome?
- Fu
- Fu de que?
- Fumiga. E o seu?
- Ota
- Ota de que?
- Ota fumiga!

Pois é... imagino quantos milhares de vezes esse diálogo se repete aqui em casa. Já moro aqui nesse Kitnet há pelo menos 1 ano. É um lugar pequeno mas cômodo. A gente se ajeitou aqui... no começo eu até via uma formiguinha ou outra... na mesa, em alguma comida q caiu no chão. Depois passei a ver formiga no banheiro, atrás do fogão, na porta de casa, no microondas, na geladeira, na pia, no armário da cozinha, no computador! (ontem tinha uma em cima da tecla "f". Fiquei com medo de que ela estivesse tentando digitar "formiga"!)

Tenho um amigo que é biólogo e entomólogo (amante de insetos), e sempre que faço alguma crítica sobre a utilidade de certos insetos ele vem me dizer que é uma visão antropocentrista do mundo. Tá, é mesmo! E eu agora odeio essas formigas! Temo que algum dia eu acorde lá na rua porque elas me carregaram pra lá...

Já li em algum lugar que as formigas que você consegue ver são apenas 10% de todas as formigas que estão na sua casa. Sabe o que isso quer dizer? Que minha casa é praticamente construída com formigas!

Eu tinha um formicida quando morava lá em natal. Até que funcionava bem e era muito interessante. Parecia um melzinho: atraía as formigas e depois eles levavamm até o formigueiro. Eu trouxe pra mossoró mas não tava funcionando. A minha suspeita é que elas tavam tão marotas que só mandava as formigas velhas, drogadas ou prisioneiras pra cair na armadilha... Mas a verdade é que provavelmente o calor de mossoró estragou o bendito.

Hoje no supermercado comprei um novo... mesmo princípio, outra marca. Voltei pra casa com o sorriso sádico do menininho que vai pro jardim com uma lente de aumento, brincar com o sol e com as formigas... Coloquei em vários cantos da casa e: felicidade! Em 5 minutos vários grupos se reuniam em volta do veneno. Provavelmente cantando Jimmy Hendrix, dizendo que se amam e que o mundo é paradoxal... e eu? Eu estava aqui do alto dando minha gargalhada fatal: Mwwwaaahahahahahahahahaha...