Título meloso à parte, essa é uma expressão que reflete muito da minha personalidade: Sou um saudosista sem vergonha (não um sem-vergonha saudosista, deixemos claro).
Eu sei que o ser humano, a sociedade, o mundo o universo tendem à entropia, à mudança, ao avanço (ou destruição). Eu mesmo me enquadro no sistema. Cresci, estudei, me formei, arrumei emprego, casei, comprei apê, mudei de cidade, vou ser papai (tudo como tava na cartilhazinha da escola). Ainda assim sempre me assusta sair de uma sensação conhecida e confiável pra algo totalmente novo.
Noooo Alarms and no SurpriseeesJá tenho consciência de que mudança faz bem, o que não me impede de ser um saudosista...
Sinto falta. Sinto sempre. De muita coisa.
Sinto falta de quando era uma criança, de brincar, de experimentar, de conhecer, de desconhecer. Mas quem não sente né? Nada de especial
Também sinto falta da minha adolescência... mesmo sem mãe, mesmo com poucos amigos, mesmo com pouca vida social...
Sinto falta da faculdade, mesmo sem emprego, mesmo descobrindo que não gostava do curso...
Enfim, eu sou assim. Não sinto saudades apenas dos momentos maravilhosos e marcantes. Sinto falta da sensação que tenho aqui e ali e que não voltam mais. É provável que daqui a uns 5 anos eu esteja muito feliz e nem assim vou deixar de sentir saudade do tempo de hoje, em que moro em um apezinho apertado do lado de uma rua barulhenta...
Aí você vem e me pergunta: "ah, vai me dizer que você queria que aquele tempo voltasse?"... olha... não em definitivo, mas eu queria sim poder reviver alguns momentos específicos.
Nem pra mudar nada como naquele filme
click . Apenas para refletir as minhas ações, lembrar do que eu tava sentindo, enfim, matar as saudades...
Já ouviram falar que o termo saudade existe apenas na língua portuguesa? Pois é... pelo menos posso dizer em palavra o que eu sinto 24 horas por dia